Uma ambulância de socorro tem como única missão o socorro de pessoas que, em determinado momento, não conseguem, por incapacidade física e biológica, deslocar-se pelos próprios meios à unidade de saúde.
Muitos são os casos em que é solicitada uma ambulância para encaminhamento à unidade de saúde, onde não existe necessidade de tratamento pré-hospitalar da pessoa transportada. Não raras vezes, a ambulância é seguida, no percurso até à unidade de saúde, de viatura onde se desloca um familiar ou acompanhante da pessoa transportada. Ora, nestas situações, em que a pessoa não necessita de tratamento pré-hospitalar e tem meios para deslocar-se à unidade de saúde, a ocupação de um meio de socorro não é aceitável.
O transporte de ambulância à unidade de saúde não resulta, automaticamente, num atendimento mais rápido. Hoje, e por causa de situações como as referidas acima, o atendimento no serviço de urgência de uma unidade hospitalar é realizado por ordem de chegada; ou seja, se alguém se deslocou pelos próprios meios à urgência e efetuou a admissão primeiro, será atendido em primeiro lugar.
Não podemos ignorar que o meio de socorro deve ser utilizado em situações de emergência. Por esta razão, a ambulância deve ser solicitada em caso de real necessidade.
O mesmo acontece no uso recorrente da urgência do hospital. Aqui devem chegar os casos de doença súbita e sintomas agudos; ao passo que, é no centro de saúde que, primeiramente, deve tratar-se da doença. Aconselhamos, por isso, que, antes de se deslocar ao hospital, ligue para o centro de saúde/USF e/ou Linha Saúde 24. Não contribua para o “entupimento” da urgência hospitalar.
Uma ambulância deve ser utilizada de forma consciente, porque uma ambulância não é um táxi. Vamos contribuir para uma sociedade mais equilibrada no uso dos recursos disponíveis.